Olá, mundo!
29 de agosto de 2018Suínos
31 de agosto de 2018Galinhas Poedeiras
A qualidade de vida das galinhas poedeiras vem piorando desde o momento que se tornaram meios de lucro rápido no agrobusiness, isto é, para aumentar os lucros dessa atividade, o espaço de criação das galinhas foi reduzido e vários fatores qualitativos de vida foram subtraídos. Aquela imagem de uma fazenda com galinhas ciscando o dia todo não existe. Hoje nas fazendas-fábricas, as galinhas são dispostas em um número de 3 a 4 indivíduos em uma gaiola de 30 cm de largura por 45 cm de comprimento, em alguns casos até 9 indivíduos são aglutinados. Neste local passam a vida toda, impossibilitadas de andar, ver a luz e tomar banho do sol, ciscar, empoleirar, pisar na terra, espreguiçar, abrir as asas ou manter laços sociais. Galinhas são animais sensíveis e ficam extremamente estressadas nestes ambientes, tornando-se carnívoras e matando suas companheiras. Para evitar perdas nos lucros com essas mortes os produtores começaram a debicar as aves (técnica de queimar o bico com uma guilhotina aquecida, sem anestesia, técnica utilizada a 1ª vez na década de 1940, nos Estados Unidos). Quando a lâmina está muito quente pode queimar a boca internamente, quando está fria pode causar uma inflamação dolorosa na mandíbula.
Frangos de Granja
A indústria de frangos, padronizou técnicas de produção em massa para obter a carne de galináceos em um curta espaço de tempo. Os animais são agrupados aos milhares e confinados em galinheiros fechados, sem janelas e ventilação, chamados de aviários. Nestes locais, diversos aspectos são controlados para estimular o rápido crescimento, em um menor tempo possível e com otimização dos alimentos. Tudo é automatizado, a água e a ração caem de comedouros suspensos no teto, a iluminação é ajustada de acordo com pesquisas realizadas, onde indicam que a luz deve ser mantida acesa durante 24 horas nas primeiras semanas, depois é apagada e acesa em um período de 2 em 2 horas para estimular o apetite dos animais, depois de 6 semanas, quando os animais já cresceram e o espaço se torna apertado as luzes são diminuídas para acalmar a agressividade dos galináceos devido a superpopulação. Os frangos de corte são abatidos quando completam 7 semanas de vida (a expectativa de vida natural, de uma galinha é cerca de 7 anos). Manter animais em um espaço reduzido lhes causa um enorme desconforto, pois não conseguem nem abrir as asas, devido a falta de espaço. As brigas são decorrentes e por estresse começam a bicar uns aos outros, levando muitas vezes ao canibalismo. As galinhas são seres extremamente sociáveis e desenvolvem hierarquia nos galinheiros através da “ordem de bicadas”, esta organização social é mantida em galinheiros de até 90 indivíduos. Para não terem perdas nos lucros os produtores começaram a debicar os frangos (técnica de queimar o bico com uma guilhotina aquecida, sem anestesia, técnica utilizada a 1ª vez na década de 1940, nos Estados Unidos). Quando a lâmina está muito quente pode queimar a boca internamente, quando está fria pode causar uma inflamação dolorosa na mandíbula.
A situação das galinhas criadas para o abate é sofrida, curta e solitária. Antigamente, os fazendeiros cuidavam de suas galinhas, se uma se apresentava agressiva era isolada das outras, se uma se machucava ou adoecia era atendida com cuidados veterinários, ou rapidamente abatida. Agora uma pessoa pode cuidar de 60 a 75 mil frangos, pois tudo é automatizado para diminuir custos e aumentar os lucros no agrobusiness. Além disso, são privadas de satisfazer suas necessidades básicas de ver a luz do sol, bater as asas, exercitar, interagir adequadamente em suas relações sociais e viver uma simples vida de galinha em uma fazenda. Opte por frangos caipiras que são produzidos no antigo sistema de fazendas, onde os animais tem uma vida mais digna antes de serem abatidos.
Referências:
SINGER, PETER. Libertação Animal: o clássico definitivo sobre o movimento pelos direitos dos animais. São Paulo, 2013. Editora WmfMartinsfontes. Pág. 150 a 160.